Um município como o nosso, que conta com
cerca de 60 mil habitantes, torna-se inadmissível não contar
atualmente com um representante na Assembléia Legislativa do Estado. Podemos
compará-lo assim com um náufrago a esperar que sempre apareça alguém
a dar-lhe uma ajudazinha, salvando-o do desfecho final.
Há
cerca de 20 anos tivemos um pseudo-representante naquela Casa, que infelizmente
só representou o retrocesso e o caos generalizado para esta terra, quando se
valia do clientelismo e a inocência do nosso povo. É patente porém, que
outros políticos tinham o interesse de ajudar o nosso município, mas eram
desestimulados diante da prepotência com sabor de propriedade do citado
"representante" e Sta. Izabel permanecia refém, estagnado, além de
condenado ao esquecimento, junto à esfera Executiva.
Nos
anos 60, houve uma reação de alguns opositores, quando candidatou-se o
professor Guilherme Mártires, que além de capacitado,morava no município e junto
com sua esposa a professora Lucimar Mártires, executavam um trabalho
brilhante na área educacional.Como conclusão,Guilherme fora simplesmente
ignorado pelo povo, que preferiu seguir cegamente a doutrina do
"vitismo" ou da recessão naquela época.
Poucos
se apercebem da lacuna desmedida que existe em nossa terra,no que se relaciona
com a falta de um representante na Alepa, basta que se verifique as
dificuldades por que passamos, lembrando que a nossa inclusão na Região
Metropolitana de Belém, deveu-se a um deputado vizinho (de Castanhal),Márcio
Miranda, que tomou para si o caso e nos favoreceu -sendo esta uma questão que
se arrastava há anos e nenhum governo avaliava ou nos considerava aptos a
pertencer a referida zona.É pena que os nossos representantes cá de
casa,parecem que estão esperando que também lhes "ensinem a pescar",
visto não termos tido avanços com relação a tal inclusão.
Temos que repetir que um município com esse porte, não pode em hipótese nenhuma
prescindir de uma cadeira no Parlamento Estadual, pelo fato de seus
problemas cada vez mais se multiplicarem e sem um elemento de ligação que seja
realmente de casa, que tenha capacidade de argumentar e lutar, coragem para
reivindicar o que merecemos e necessitamos para chegar ao nosso desenvolvimento
pleno,não chegaremos lá.
É
obvio que para isto, temos que fazer um pacto municipalista,apontando no máximo
dois nomes para disputar o cargo,não abrindo para possíveis
"paraquedistas" que por aqui apareçam, assim poderemos sonhar em ter
um representante de fato.
De
outra forma, teremos mesmo é que nos contentar como "horta
eleitoreira" ou ficarmos esperando como náufragos, que nos apareça
algum "salvador".
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