Como havia prometido depois da segunda
poderia fazer uma analise mais precisa sobre a eleição que levou Dr Gilberto
Pessoa a prefeitura de Santa Izabel e mais 13 vereadores. Vou colocar aqui em
ordem de votação apenas para ilustrar, haja vista que já publiquei aqui um
quadro com os eleitos, são eles; Nunes Promoções pelo PTB com 1516 votos (4,73%
do eleitorado); Ricardo do Meio Ambiente pelo PRP com 926 votos (2,89% dos
eleitores); Henrique da CT pelo PSDB com 898 votos (2,80% dos eleitores); Totó
pelo PSL 874 votos (2,72% dos eleitores); Virgílio Kennedy pelo PSDB com 849
votos (2,65% dos eleitores); Valdeci do Travessão pelo PP com 839 votos (2,62%
dos eleitores); Zé Rosa pelo PSD com 731 votos (2,28% dos eleitores); Josivaldo
Lima pelo PSD com 670 votos (2,09% dos eleitores); Rodinha pelo PPS com 656
votos (2,04% dos eleitores); Luciano pelo PR com 619 votos (1,93% dos
eleitores); Oneide Brito pelo PMDB com 597 votos (1,86% dos eleitores); Tony
Lisboa pelo PMDB com 594 (1,85% dos eleitores) e Celito Campos pelo PSD com 575
votos (1,79% dos votos).
O que temos que levar em conta nesta
analise são dois fatores que demonstram a movimentação do eleitorado. Primeiro,
é os votos por cada coligação proporcional. Segundo, o impacto que trará para a
gestão futura a configuração atual deste legislativo. Vejamos por parte:
1º - A eleição para proporcional contou com
08 chapas no total sendo que destas chapas apenas 06 chapas fizeram vereadores.
A matemática eleitoral não é tão simples de se entender, mas eu vou tentar
explicar assim mesmo. Existe uma coisa chamada de coeficiente eleitoral, e é
baseado neste coeficiente que as vagas para a câmara são distribuídas
proporcionalmente ao numero de vezes que se quebra esse coeficiente e em não
tendo quebras suficientes para se preencher as vagas o restante são
distribuídas por média de votos obtidos (espero que tenham entendido). Para se
obter o coeficiente pega-se o numero total de eleitores que votaram na eleição
e se divide pelo numero de cadeiras disponíveis na câmara que no caso de Santa
Izabel são 13 vagas, e o numero de votantes para vereador esse ano foram de
32.083 eleitores, portanto se divide assim:
32.083/13 = ±2.468
Já sabemos que o coeficiente é de aproximadamente
2.400 agora é só saber quanto cada chapa teve de votos e verificar a quebra de
coeficiente e ver no que dá, certo... Como disse antes tivemos 08 chapas
proporcionais, foram elas: PDT/PPS que somou no total 3.440 votos; PMDB/DEM/PMN
que juntos somaram 4.595 votos; PP/PR/PHS que juntos somaram 4.584 votos;
PRB/PSL/PRTB/PTC/PV/PSDB que juntos totalizaram 5.680 votos; PSC/PSDC que
juntos chegaram a monta de 1.765 votos; PSOL sozinho teve 272 votos; PT e PSD
juntos tiveram 6.972 e terminando as chapas PTB/PRP/PCdoB somando 4.775 votos.
Não resta duvidas quantos as chapas que
ficaram sem fazer vereador o PSOL obteve 272 votos, veio sozinho, e a
dobradinha PSC/PSDC que chegou a 1.765, ambos não conseguiram alcançar o
coeficiente, ambos ficaram sem vereador.
Quantos as demais chapas quatro delas valem
ser destacadas aqui a chapa que contava com o PT e com o partido do candidato
eleito a prefeito Dr Gilberto, o PSD, que juntos foram a chapa mais votada da
eleição chegando a quase 7 mil votos e fazendo coeficiente para dois vereadores
e fez mais um por média de votos. Outra chapa também apoiadora do Dr Gilberto
foi a que contava com PRB/PSL/PRTB/PTC/PV/PSDB juntos chagando a segunda chapa
mais votada da eleição com o total de 5.680 votos fazendo também coeficiente
para dois vereadores e uma vaga por média de votos. Só por esta previa das
chapas a vereador é de se notar tangível a vontade do povo por mudança, os
candidatos a vereador do lado do Doutor pouco encontraram dificuldades em abrir
o dialogo com o eleitor, pois esta predisposição a mudar facilitou um pouquinho
a vidas deles, não é de se estranhar que na chapa da situação alguns candidatos
na hora de pedir votos para o candidato situacionista estavam fazendo corpo
mole ou até nem pediam mais voto nenhum, valia a máxima “vote em mim, eu sendo
eleito é o que importa o candidato a prefeito fica a sua escolha”.
As outras duas chapas que merecem destaque
são as chapas do PMDB/DEM/PMN que obteve 4.584 e fez coeficiente suficiente
para um vereador apenas e a chapa do PTB/PRP/PCdoB que obteve 4.775 e também
fez coeficiente suficiente apenas para um vereador. Ambas as chapas que ficaram
em terceiro e quinto lugar entre as mais bem votadas, observando o numero de
votos. Achei interessante por em destaque também estás duas chapas, pois carregaram
consigo as siglas do PMDB partido do candidato situacionista e o PTB que tinha
o vice-prefeito na chapa da situação e que, no entanto, só não ficaram cada uma
com um vereador eleito, pois teve as vagas por media de votos e cada uma
conseguiu mais uma vaga.
Para encerrar as chapas com vereador eleito
tivemos a chapa do PDT/PPS que teve 3.440 votos e alcançou apenas o coeficiente
e conseguiu uma vaga e a chapa do PP/PR/PHS que teve 4.584 votos e por
coeficiente também só fez um, mas quando da divisão por média ganhou mais uma
vaga.
No final a configuração da câmara ficou
assim: vereadores eleitos da oposição por quebra de coeficiente partidário = 4
vereadores e vereadores da situação eleitos também por quebra de coeficiente
partidário = 4 vereadores. A disparidade aparece quando da distribuição das
vagas que sobraram por média de votos obtidos por chapa a oposição ficou com 2
vagas totalizando 6 vereadores eleitos quanto que a situação ficou com mais 3
vereadores totalizando 7 vereadores eleitos. Numero total de vereadores em
Santa Izabel 13 sendo que 7 foram eleitos na situação e 6 na oposição, coloco
que os 7 vereadores foram eleitos “na situação”, pois ainda tem muita coisa
para acontecer ao longo desses quatro anos de mandato e como o posicionamento
dos vereadores eleitos é historicamente, diria que “volátil” não da para saber
como eles irão atuar até a tomada de posse em diante.
Vou disponibilizar alguns quadros abaixo,
um com o quantitativo por chapas e os outros quadros que trás o nome dos
vereadores eleitos por quebra de coeficiente e os que “passaram arrastados na
matéria eleitoral do ano letivo de 2012” e foram eleitos por média, vai abaixo:
Quocientes Eleitoral e Partidário
Vereadores eleitos pela oposição por quebra de Quociente
Vereadores Eleitos por média pela oposição, também "passando no final do fio"
Vereadores Eleitos pela Situação por Quebra de Quociente
Vereadores que "passaram no ano eleitoral arrastados" ou eleitos por média pela situação
Vou terminar esta postagem por aqui, pois pretendo
ainda fazer outras publicações para analisar estes e demais dados, por enquanto
tenho duas observações que julgo pertinente. Primeiro é praticamente o reforço
do que já havia escrito os eleitos na situação podem ou não permanecer assim e
como a diferença foi apenas de um vereador pode ser que o Doutor não tenha
feito maioria mais adquira maioria ao longo do tempo que está por vir. A segundo
observação que tenho a fazer é quanto a questão dos vereadores contar com a
presença de dois dos vereadores que fazem parte da atual configuração da câmara
municipal, Luciano e Tony só foram eleitos pois sobraram vagas se caso as
chapas concorrente tivessem feito o coeficiente eles naturalmente estariam de
fora, destaco aqui o fracasso político do vereador Tony eleito no pleito
passado quando o colégio eleitoral era menor ele foi eleito com 978 votos e este chegou a
presidir a casa, ganhou a eleição, mas o desgaste não tenham duvidas que ficou
ou se faz um trabalho diferente neste novo mandato ou pode ir pensando em
pendurar as chuteiras.
Fico por aqui, mas depois tem mais, é que a
postagem está muito extensa. “adispois eu vorto!”... Inté!...
Sobre o Autor:
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*Tiago Sousa Natural de Santa Izabel do Pará, é graduando do curso de Ciências da Religião – UEPA, Técnico em Turismo pelo CEFET-PA turma de 2005 e participa do Grupo de Pesquisa dos Movimentos Socais, Educação e Cidadania na Amazônia - GMSECA. Tiago é o administrador deste Blog, escreve apenas sobre política no Blog Política em Debate e Também escreve versos no Blog Verso Reverso
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