Um dia muito aguardado principalmente pelo Comitê Dorothy que constantemente
reúne para traçar estratégias de atuação.
Diante de tantos desafios que os próprios suportam. Com a bela e grandiosa
contribuição do MOVIDA e MST. Movida, movimento de familiares assassinados e
que permanecem no escuro das gavetas dos tribunais, nasceu fruto desse contexto
de impunidade, ausência do Estado no ano de 2008.
Venho através deste, colocar meu ponto de vista com relação a uma cena
que me chamou atenção. Este julgamento ocorreu na sexta-feira dia 30 de abril –
iniciado as 08h da manhã e encerrou-se por volta das 23h30minh com sentença
favorável aos movimentos sociais. Mas voltando ao fato de interesse, como
estudo no período vespertino, por volta das 16h, sai da aula e direcionei meu
caminho ao tribunal de justiça na cidade velha – capital. E logo que chego
somos reconhecidos e acolhidos pelos companheiros de luta social. É claro. Simultaneamente
somos chamados a entrar numa corrente de oração, por que lá dentro na sala do
júri o clima estava desfavorável aos movimentos. E ao se aproximar de frente ao
prédio estava lá lado a lado também uma manifestação de amigos e familiares do
acusado de ser o mandante do assassinato de Irmã Dorothy em numero pequeno, mais
o que me chamou atenção foi sua mística que estava fundamentada em som
mecânico, carro som com musicas gospel contemporânea bem alta. Não me importo
com os cantos o que percebi foi à maneira fácil e rápida de transmitir sua
luta, sua bandeira com algo que já esta praticamente pronto sem nenhuma
inspiração interna. Já o banquete que compreendo armado pelos movimentos a cada
musica de luta, intercalado por trechos reflexivos de cartas de companheiros de
luta. Totalmente diferente sua mística demonstrando uma construção coletiva que
entusiasma e motiva para novos embates em meio a tantos recursos que são
dispostos pela justiça. Também chegou do lado do acusado um pastor que
brevemente reuni e juntos fizeram uma oração breve, cheia de prodígios e
milagres.
Como escrevi acima o resultado foi favorável aos direitos humanos. E
sempre com uma festa de comemoração. Acredito que não seja em caráter
vingativo. E sim um desabafo ao clima de impunidade que ainda esta instalada em nosso Estado.
Sobre o Autor:
Sobre o Autor:
![]() | *Rodrigo Bruno de Sousa Nasceu em Altamira no Pará em 82, é bacharel em Ciências Sociais e também graduando do curso de Ciências da Religião – UEPA e participa do Grupo de Pesquisa dos Movimentos, Instituições e Cultura Evangélica da Amazônia - MICEA |
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