Após o abalo ocorrido no dia 12 de janeiro, estamos vendo ouvindo uma
espetacular comoção mundial em ajudar aquela nação que se sabe é a mais pobre
da América latina. E que desde 2004
a pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) o Brasil
possui um pelotão de soldados que colaboram com a ordem social diante de um
sistema político-financeiro-social fragmentado. Entidade criada após a segunda
guerra mundial, que tem como intuito apaziguar as relações entre os paises.
O que me inquieta é a ‘hipocrisia mundial política’ que instantaneamente
mobilizou as forças das nações para remediar paliativamente as dores daquela
nação que sofreu esses inúmeros abalos. Observa-se que esta se confirma no
“discurso de salvação” pronunciado nada mais nada menos, pelo presidente dos
EUA, Barak Obama, convocando a França; o Canadá; o Brasil e é claro o auto-supremo
providente. Para a reconstrução estrutural (física), econômica quem sabe ate
devolver a dignidade das pessoas. Isso me incomoda, não? Pra mim, é que se sabe
de todos os danos que passam aquelas pessoas-cidadãos e por que não se toma
iniciativas humanitárias de caráter político-economico para a reconstrução
dessas pessoas?
País, que segundo os noticiários
se tornou um país dominado pelo trafico de drogas. Sabemos que toda ajuda é
sempre bem vinda em se tratando de salvar pessoas. O que é inaceitável é que a ética capetalista, não visa ajuda
humanitária, que ditada pela nova ordem mundial,
“Escuta-se dos paises do
primeiro mundo a idéia de que crianças do terceiro mundo, acometidas por
doenças como diarréia aguda, não deveriam ser salvas, pois tal recurso só
prolongaria uma vida já destinada à miséria e ao sofrimento” *.
Diante de um arsenal de informações que estamos recebendo do ocorrido, me
digam somente agora depois de uma dupla catástrofe a social que vem se
arrastando há duas décadas e esta natural, que acabou de vez com o que restava
de uma cidadania já escassa, querem somente agora tomar providencias salvificas
de bom samaritano. Antes tarde do que nunca, mais por que não se age pela
prevenção e não após o fato consumado?
* GARCIA, Regina L., VALLA Victor V. A
fala dos excluídos. Cadernos Cede, 38, 1996.
Sobre o Autor:
![]() | *Rodrigo Bruno de Sousa Nasceu em Altamira no Pará em 82, é bacharel em Ciências Sociais e também graduando do curso de Ciências da Religião – UEPA e participa do Grupo de Pesquisa dos Movimentos, Instituições e Cultura Evangélica da Amazônia - MICEA |
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