Além da literatura light, assim denominada pelo espanhol Enrique Rojas
(psiquiatra) na obra “O Homem Moderno
- A luta contra o vazio”. Que aborda
em um dos capítulos, uma análise sobre a adoção da prática viciadora de ler
apenas revistas de fofocas e/ou livros best-sellers com o intuito de estar
atualizado no mundo da moda, novelístico, cinematográfico, etc. Possui uma
frase que se desconhece a autoria que exalta a importância do ato de ler, ler não pode ser em nossa vida uma
atividade menor. Não é suficiente uma cultura exclusivamente oral. Ler ajuda a
evitar a superficialidade que nos deforma e esvazia.
No cotidiano percebemos que os
transeuntes ao saírem pelas ruas, a todo o momento se deparam com anúncios
estampados em outdoors, palavra de língua
inglesa que nos diz “ao ar livre”.
Traduzindo para nosso contexto social capitalista, ou seja, em qualquer lugar e é isso que vemos, está
por cima, na lateral de prédios comerciais, na fachada das casas, fixada por
estrutura metálica e/ou madeira. Para empresas elas são iluminadas e tem
estrutura que seja durável, e as de madeira sem iluminação que são utilizadas também
como mecanismo de propagação-divulgação de denuncias, anúncios, informações, avisos
de utilidade pública, homenagens, shows, etc.
O que motivou escrever este partiu da grave perda que a sociedade local terá
que é o fechamento de uma livraria de classe, ou melhor, que contém livros
clássicos que ajudam a todos a sair da mesmice de palavras cotidianas e também
do crescente número de revistas de todo “modo” sendo impressa com um
fragmentado embasamento teórico enfatizando a praticidade, substituindo obras
eternas da literatura nacional/mundial e o que é pior ela é tão divulgada que
desvirtua qualquer publicação de cunho intelectual.
Mas o título deste texto foi denominado, pela seguinte observação, já que
existe literatura light existe leitor light; e também pessoas light possuem alimentos light e por que não leitores outdoor que poderia ser uma
categoria de leitor light, no qual
toda vez que se passa ou se vai ao centro comercial preocupam-se apenas em ler todos
os outdoors ou pelo menos tentam. Reparto esta sensação de insatisfação e
impotência perante esse desastre causado por essa não procura de obras que
alimentam nosso pensar. Isto é uma vitória para esse discurso instrumentalizado
propagado pelos “meios de comunicação” que favorece a homogeneidade de
pensamento.
Sobre o Autor:
![]() | *Rodrigo Bruno de Sousa Nasceu em Altamira no Pará em 82, é bacharel em Ciências Sociais e também graduando do curso de Ciências da Religião – UEPA e participa do Grupo de Pesquisa dos Movimentos, Instituições e Cultura Evangélica da Amazônia - MICEA |
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